Nascemos com a vida embalada por alguém… mal ou bem… Lutamos neste imenso mundo, por vezes um palco louco sem fundo, outras vezes um berço d’oiro que tudo nos dá.
Algures, com ou sem sentido, crescemos, sobrevivemos, damos a mão, largamos o coração ou somos deixados por esse chão…
Tudo o que temos hoje é fruto do que conseguimos, da educação ou falta dela, da presença ou ausência, do afecto ou do ódio, do amor ou do terror.
Algures, com ou sem sentido, vivemos o que o passado nos deu, o que somos hoje, o que queremos e desejamos para amanhã…
Livres ou não, com mais ou menos razão que coração, a vida está na nossa mão…
É assim que tudo gira, invariavelmente, mesmo quando à nossa volta nada queremos ver e só o nosso umbigo conta… Quando a realidade só acontece aos outros e as desgraças e os medos não são nossos.
Temos o direito de ser e o dever de agir, de dar a mão, de ousar e arriscar!
Ontem, hoje e amanhã podemos sonhar tudo, conquistar, abraçar o que de melhor a vida tem e o que de melhor temos para dar, mesmo quando não é Natal!
Dentro do coração existem espaços imensos que não podem ser fechados, que devem ser partilhados para alguém…
Onde estivermos, cada um tem o condão, a espada do destino, o destino na mão…
“Olha à tua volta e oferece um bem, um sorriso, um abraço, um mimo”, como diz minha mãe!
Assim, todos seremos livres, todos iremos soltar a voz dos que nada têm, todos iremos crescer e sentir que vale a pena, todos juntos chegaremos mais além…
Não podemos desperdiçar nada, guardar rancor e ódio, viver com medo…
Onde estivermos, temos de gritar que o Natal só tem sentido se todo o ano vibrar!