"- Não esperava chegar aqui, sabes? Claro que tive que subir muito desde o fundo do poço para onde me atirei. Mas não esperava isto.
- Isto o quê?
- Sentir o que sinto. O que me fazes sentir. A forma como o meu coração bate quando estou ao teu lado ou a forma tranquila e serena como adormeço nos teus braços.
- Isso é bom, não?
- Claro que sim. Mas mais ainda, é surpreendente. Há um ano atrás pensei que o meu coração nunca mais fosse bater por ninguém e agora percebo que até te conhecer ele nunca tinha batido desta forma saudável, madura, tranquila, completa e… certa!
- Abraça-me.
- Sabes mudei muito a forma de me ver, depois de perceber a capacidade extraordinária que tinha de me reconstruir. Para subir desde o fundo do poço onde me tinha prendido em lama até aos joelhos foi preciso muita força e muita energia e fiquei surpreendido por saber que as tinha quando cheguei ao cimo. Mas hoje… hoje…
- Hoje? Que tem hoje?
- Hoje o poço, o poço está cheio de água. Uma água límpida, cristalina, fresca. Uma água que mesmo que me atire não me deixa chegar ao fundo, ficar atolado. É a água onde flutuo. Uma água que me refresca, que me hidrata e me sacia. Uma sede maior que eu. Obrigado por fazeres parte da minha vida.
- Gosto de ti.
- E eu gosto de ti, pá."
(Obrigada X.!)
(texto retirado de http://comyxtura.blogspot.com/, dia 14 de Fevereiro de 2008)
4 comentários:
Ficou aqui muito bem, sem dúvida.
Um beijinho
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